O ativista Thiago Ávila chegou ao Brasil. Ele havia sido preso por Israel, depois da captura da embarcação que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Desde a madrugada, um grupo de ativistas aguardava no aeroporto de Guarulhos a chegada de Thiago Ávila. O desembarque aconteceu por volta de 6h30 da manhã. Thiago foi recebido por familiares e amigos. Trazia uma bandeira do Brasil, que, segundo ele, foi pisoteada por soldados israelenses, e vestia o uniforme que foi usado na prisão. A chegada marca o fim do que ele chamou de sequestro pelo governo israelense, por ter ocorrido em águas internacionais.
Thiago Ávila foi preso na última segunda-feira (9) junto a outros 11 ativistas, dentre eles a sueca Greta Thunberg. A coalizão, chamada Flotilha da Liberdade, tentava levar ajuda humanitária para a Faixa de Gaza. A iniciativa de entidades de diferentes países buscava desafiar o bloqueio, inclusive para alimentos, imposto por Israel ao território palestino.
O barco onde os ativistas estavam foi detido pela Marinha Israelense em águas internacionais do Mar Mediterrâneo, a mais de 100 km de distância de Gaza.
Ao ser preso, Thiago foi levado para a solitária de um centro de detenção, após se negar a o documento de deportação. Foi ameaçado a ficar na solitária por sete dias, sem contato com a defesa. Thiago fez greve de fome, em protesto contra a prisão.
Os ativistas denunciam diversas violações sofridas pelos mais de dois milhões de palestinos. Há mais de três meses, um bloqueio imposto por Israel permite apenas que alimentos fornecidos por empresa sediada nos Estados Unidos chegue à população. A ONU condena esse bloqueio.
“O governo brasileiro e o Itamaraty estiveram presentes no momento da nossa detenção. Lá, eu não tenho nada a dizer de negativo do governo brasileiro. O que eu peço ao governo brasileiro que rompa relações imediatamente com Israel”, destacou Thiago Ávila.
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